As pessoas ao redor dela (suas amigas, parentes e até colegas de trabalho) não conseguiam entender como ela podia se sujeitar a algo assim.
E a verdade é que nem ela mesma entendia.
Ela sabia que ele não a valorizava, mas não tinha forças para seguir em frente.
Era como se ela estivesse enfeitiçada.
Por mais cafajeste que o Matheus fosse, a Joana não conseguia dar um basta na situação.
Ela poderia muito bem conhecer um homem que a amasse de verdade.
Que se importasse, a valorizasse, que desse atenção, carinho e tivesse, acima de tudo, respeito.
Eu tenho certeza de que ela encontraria um homem com essas características.
Afinal, a Joana era uma mulher de valor, inteligente e trabalhadora.
Mas, ao invés de buscar a felicidade ao lado de um homem de valor, ela preferia insistir em um cafajeste que jamais iria querer ter algo sério com ela.
No fundo, a Joana achava que conseguiria mudá-lo.
Que conseguiria fazer com que ele visse a mulher sensacional que ela era.
Que um dia aparecia na porta dela dizendo que tinha sido um idiota todo aquele tempo por não enxergar que um era feito para o outro e finalmente faria a pergunta que ela tanto sonhou em ouvir:
“Quer namorar comigo?”.
Só que acredite: o pedido nunca veio e ela passou anos vivendo em função dele, enquanto ele só se aproveitava dela.
Por mais que algumas pessoas insistissem em dizer que a culpa era dela, não era.
Ela não tinha culpa de nada.
E eu já vou te explicar o porquê.
Para que a Joana conseguisse esquecer o Matheus foi difícil.
Demorou para que ela percebesse que deveria parar de colocá-lo sempre em primeiro lugar e se amar mais.
Por mais que ela tenha tentando sair com outros homens na esperança de que as coisas se resolvessem, nenhum parecia ser interessante como ele era.
Eles eram sem graça, ela não sentia aquele frio na barriga que sentia quando encontrava com Matheus.
Nenhum deles nem chegava aos pés do Matheus.
E só depois de ter lutado muito contra todos os sentimentos que tinha, foi que a Joana conseguiu deixá-lo no passado e seguir com a sua vida.